Autor: Thais Ximenes Marques.
Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Comunicação Social – Jornalismo da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do Grau de Bacharelado.
Orientador: Prof.ª.Dr.ª. Silmara Cristina Dela da Silva.
RESUMO
Em seu livro Jornalismo de Revista (2011), a jornalista Marília Scalzo, cita o editor espanhol Juan Caño, que afirma que fazer revista é como manter uma relação de amor com o leitor. Enquanto que em um jornal diário, o jornalista se dirige a um público mais amplo e mais heterogêneo, nas revistas mensais, ele conhece mais seu leitor. Criadas nesse pilar de proximidade com o leitor, as revistas femininas se posicionam como uma fonte não só de informação, mas também como um lugar onde as mulheres encontram reconhecimento em histórias e reportagens semelhantes da delas. A Marie Claire tem uma proposta de fazer jornalismo para mulheres que vá além de moda e beleza, reunindo matérias de alto impacto e trazendo histórias reais de mulheres iguais a suas leitoras. Mas quem é esta leitora a quem a Marie Claire dedica suas reportagens? Como a revista as enxerga? Essas são as principais perguntas feitas durante este trabalho e apoiados pela Análise do Discurso francesa buscamos traçar um perfil dessas leitoras a partir de quatro reportagens retiradas da seção Comportamento publicadas entre 2014 e 2015. As análises se basearam nas formações ideológicas que a Marie Claire faz de sua leitora e também de si mesma enquanto veículo e na apresentação de sentidos ditos e não-ditos e tantos outros silenciados durante as reportagens.
Palavras-chave: representação feminina, revistas femininas, Marie Claire, discurso.
Crime contra o Direito Autoral, previsto nos Artigos 7, 22, 24, 33, 101 a 110, e 184 a 186 (direitos do Autor formulados pela Lei 9.610/1998) e 299 (falsidade ideológica).