O projeto tem como objetivo investigar a memória, a história e a compreensão dos processos jornalísticos nos meios digitais. Parte-se do pressuposto de que o jornalismo, nesta década, sobretudo depois dos eventos políticos relacionados às manifestações de 2013 no país, passou a incorporar as expressões jornalísticas advindas dos meios digitais como relevantes para o circuito da informação no país. O que antes da atual década possuía um caráter de certa forma secundário, alternativo até, começa a ocupar aos poucos o centro da cena jornalística. No entanto, esses veículos, muitos dos quais são nativos digitais, ou seja, nunca tiveram uma versão impressa, ainda possuem modos de trabalho pouco conhecidos da sociedade. Eles também reconfiguram certos limites da prática no que se refere a questões de posicionamento político e até polarização, o que se refere ao debate sobre o papel do jornalismo na democracia. Desse modo, os nativos digitais demandam esforços teóricos e metodológicos por parte dos pesquisadores que diferem daqueles tradicionalmente usados para a pesquisa dos meios em “papel”. O trabalho está sendo desenvolvido com os alunos de graduação e com uma bolsista, dessa forma contribuindo para sua formação jornalística e de potenciais pesquisadores da área de Comunicação. Conta com uma parceria interinstitucional com o projeto de extensão Memória do Jornalismo Brasileiro (MJB), da Escola de Comunicação da UFRJ. O material estará disponível em site de livre acesso e pretende contribuir para o conhecimento e o debate público na sociedade a respeito dos novos meios. Tem como base o seguinte tripé: mapeamento quantitativo; elaboração de reportagens sobre agentes relevantes; entrevistas com o método de história oral de personagens-chave.
Coordenação: Profa. Rachel Bertol